No dia 1 de outubro de 1949, o Partido Comunista Chinês, liderado por Mao TSE TUNG, criou com a República Popular um Estado nacional que, além de superar a condição semicolonial do país, deslanchou, segundo diversos observadores, também as bases socais e econômicas da recente transformação do Reino do Meio numa das estrelas mais brilhantes no âmbito do mercado mundial.
Por Thomas A. Mitschein
No 1 outubro de 1949, o Partido Comunista Chinês, liderado por Mao TSE TUNG, criou com a República Popular um Estado nacional que, além de superar a condição semicolonial do país, deslanchou, segundo diversos observadores, também as bases socais e econômicas da recente transformação do Reino do Meio numa das estrelas mais brilhantes no âmbito do mercado mundial. Neste contexto, cabe lembrar que a Republica Popular da China (RPC):
--- nos anos após a Queda do Muro de Wallstreet (Joseph Stiglitz), contribuiu para o crescimento do PIB global mais do que a EU e os EUA;
--- registra o crescimento de uma classe média de aproximadamente 300 milhões de pessoas com um patrimônio médio líquido de $US 139.000 que chega a um poder aquisitiva que é consideravelmente maior do que o dos EUA ou do Japão;
--- investiu em larga escala na melhoria de sua infraestrutura, tendo ampliado por 30 mil quilômetros a sua rede ferroviária com trens de alta velocidade,
--- movido pela necessidade de diminuir a sua dependência das usinas de carvão, por sua vez a fonte mais poluente de energia, o governo chinês, conforme a Bloomberg New Energy Finance, mobilizou em 2017 $US 133 bilhões na ampliação do seu parque de energias renováveis, instalando novas usinas solares com uma capacidade de 53 Gigawatt e tornando-se, assim, o vanguardista internacional no campo das energias limpas.
-- determinou, no inicio de 2017, a partir de 2019, 10% dos novos carros licenciados têm que ser carros elétricos, uma quota que, na capital, deve alcançar já em 2020 a casa dos 60% e;
-- se destaca como campeão mundial em comercio eletrônico e pagamentos móveis.
Certamente, serão tais proezas da RPC que devem ser discutidas exaustivamente pela mídia internacional, que responde pela cobertura do 70º aniversário da República Popular. Contudo, no Site do Trópico adotaremos, diante do memorável aniversário, um enfoque diferente.
Considerando que, no século passado, a Primeira e Segunda Guerra Mundial levaram na Rússia e na China à revoluções nominalmente socialistas que desacoplaram estes dois países (semi)periféricos do mercado mundial, debateremos, através de uma abordagem de Thomas A. Mitschein, as maneiras, pelas quais os seus principais protagonistas políticos implementaram vias não capitalistas ao desenvolvimento industrial que, conforme o autor, precisam ser entendidas como estratégias de afirmação da soberania nacional diante de um estado de sítio.
Confira o artigo completo aqui.
Thomas A. Mitschein: Sociólogo, Dr. Phil pela Universidade de Muenster - Alemanha, desde 1992 pesquisador e docente em entidades técnico-científicas de países amazônicos, atualmente coordena na Universidade Federal do Pará (UFPA) o Programa Interdisciplinar Trópico em Movimento - Fomentando a Criação de uma moderna Civilização da Biomassa na Amazônia e é Professor do Núcleo de Meio Ambiente da UFPA.
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