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A surpreendente história de Marvel Moreno, a escritora colombiana "tão importante quanto García..."

Desde que ela concluiu o livro, um ano antes de morrer na pobreza em 1995, os direitos de "O tempo das Amazonas" se mantiveram reservados por duas de suas filhas e seu primeiro marido, Plinio Apuleyo Mendoza, um jornalista reconhecido de Bogotá e que, ao que parece, é a inspiração para um dos protagonistas.



"Ela pensou que estava sonhando", lê-se em referência a Luis nas primeiras páginas. "Uma pessoa que lia Marx e sabia lidar com os talheres, um partidário de Che Guevara aficionado por Proust, um esquerdista que se expressava com moderação."


Luis era o homem com quem Gaby, a personagem aparentemente autobiográfica de Moreno, sairia do âmbito retrógrado e elitista de Barranquilla, uma cidade portuária do norte da Colômbia em que Moreno nasceu. Mas em questão de meses, Gaby se deparou com o personagem mesquinho e tirano descrito nos capítulos seguintes do livro.


Essa crítica a Luis, segundo pessoas próximas a Moreno, fez com que "O tempo das Amazonas" permanecesse arquivado por 26 anos —tese que Plinio Mendoza e suas filhas negam.


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