Para a socióloga, ascensão da direita é irreversível e não se encerra no Governo Bolsonaro, que pode eleger outro candidato no mesmo espectro político. Para ela, Rodrigo Maia sai fortalecido e Renan não deixará de ser um problema para o presidente
Para a socióloga, ascensão da direita é irreversível e não se encerra no Governo Bolsonaro, que pode eleger outro candidato no mesmo espectro político. Para ela, Rodrigo Maia sai fortalecido e Renan não deixará de ser um problema para o presidente
A direita veio para ficar. Independente do que ocorrer com o Governo de Jair Bolsonaro. "Nada aponta que se houver um fracasso desse Governo, ele será substituído por um governo de esquerda", diz a socióloga e presidente do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), Angela Alonso. Para ela, a ascensão da direita ao poder não é um fenômeno que começou recentemente, e sim algo construído ao longo de muitos anos. "As mudanças que tivemos no país desde a Constituinte de 1988 levaram as instituições numa direção mais progressista, e isso não é um consenso", diz. Agora é a vez da "reação" a estes avanços. Em conversa com o EL PAÍS em sua casa na zona oeste de São Paulo a professora da Universidade de São Paulo falou sobre a relação entre os protestos de junho de 2013 e a chegada de Bolsonaro ao poder, bem como sobre as falhas da esquerda no processo: "A rua não é mais da esquerda. Quem mais leva gente para rua é a Marcha para Jesus".
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/02/01/politica/1549050356_520619.html
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