Governo comunica às Nações Unidas retirada da candidatura para ser sede da COP-25, alegando restrições orçamentárias. Bolsonaro diz ter recomendando que evento não fosse realizado no país. ONGs lamentam decisão.
Único candidato para sediar a 25° Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP-25), em 2019, o Brasil desistiu de ser o país anfitrião. O governo brasileiro alegou restrições orçamentárias ao comunicar a retirada da candidatura à UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima).
"Tendo em vista as atuais restrições fiscais e orçamentárias, que deverão permanecer no futuro próximo, e o processo de transição para a recém-eleita administração, a ser iniciada em 1º de janeiro de 2019, o governo brasileiro viu-se obrigado a retirar sua oferta de sediar a COP-25", diz comunicado do Itamaraty enviado às Nações Unidas nesta terça-feira (27/11).
Na tarde desta quarta, em Brasília, quando o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, dizia que o novo governo não teve nada a ver com a decisão do Itamaraty, foi interrompido por Bolsonaro. O presidente eleito declarou ter pedido que a Conferência do Clima não fosse sediada pelo país.
"Houve participação minha nessa decisão. Ao nosso futuro ministro [das Relações Exteriores, Ernesto Araújo], recomendei que se evitasse a realização desse evento aqui no Brasil", afirmou Bolsonaro.
"Até porque eu preciso que vocês nos ajudem. Está em jogo o Triplo A nesse acordo. É uma grande faixa que pega Andes, Amazônia e Atlântico, 136 milhões de hectares", disse.
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