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China é dona do palco na África

Pequim usará o Fórum de Cooperação China-África para apresentar a China como uma potência global. O desengajamento dos EUA e a desunião e indecisão da Europa em relação à África ajudam a autopromoção de Pequim como um parceiro confiável para os países africanos. Para a Europa, a China pode ser um parceiro ou concorrente na África, dependendo da questão.  


Nem mesmo António Guterres quer perder este evento. Pela primeira vez, um secretário-geral da ONU fará um discurso no Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) na próxima semana em Pequim. Será a maior reunião diplomática organizada pela China neste ano, reunindo a liderança da China e os líderes de todos os países africanos, com exceção do Reino de eSwatini (antiga Suazilândia), o último aliado diplomático de Taiwan no continente.

É certo que o evento deste ano receberá a maior atenção internacional desde, pelo menos, a primeira cúpula real do FOCAC em Pequim, em 2006, e vai destacar a parceria amadurecida da China com os países africanos. A China e suas contrapartes africanas se encontram a cada três anos, alternando entre uma capital no continente africano e Pequim. A China havia inicialmente estabelecido o formato em 2000 em nível ministerial; apenas as reuniões de 2006 e 2015 foram cimeiras. O fato de que a próxima reunião será novamente realizada a esse nível - e que a mídia da PRC destacou este fato - pode sugerir que Pequim planeje uma mudança permanente para o status de cúpula total.


Saiba mais em https://www.merics.org/en/blog/china-owns-stage-africa

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