EM MEADOS DO século passado, descobriu-se que o pesticida DDT era um risco à saúde humana e animal. Depois de uma longa luta entre ambientalistas e a indústria química, o resultado foi a proibição da produção e uso dessa substância nos EUA – no Brasil, só foi banida em 2009.
Na última segunda-feira, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) publicou um relatório assustador, prognosticando um aquecimento global de cerca de 3ºC devido à emissão de gases do efeito estufa. O documento prevê cidades litorâneas engolidas pelo mar, escassez de alimentos e 54 trilhões de dólares em perdas relacionadas ao clima até 2040.
Essa catástrofe iminente é o motivo das demandas das populações das nações do Sul, para quem a subida do nível do mar e as supertempestades já são realidade. Esses países repetem há anos o mantra “1,5 para sobreviver” nas cúpulas do clima da ONU, e esse novo relatório – que sugere maneiras de limitar o aquecimento global a 1,5ºC – faz eco a essa demanda. O número está dentro da meta estabelecida pelo Acordo de Paris (“bem abaixo de 2ºC”) e, segundo Jim Skea, um dos chefes dos grupos de trabalho do IPCC responsáveis pelo relatório, “é possível [alcançar a meta] dentro das leis da física e da química”.
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