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Conferência apresenta as condições socioeconômicas dos municípios de Juruti e Curralinho no Pará

Atualizado: 15 de jun. de 2018




No dia 11/06, o curso Mercado Mundial, Estado Nacional e o Futuro Incerto da Amazônia no Século XXI recebeu o senhor Claudionor Dias, Assistente Social (Especialista e Mestre em Gestão de Recursos Naturais – UFPA) e Pesquisador do Programa Interdisciplinar Trópico em Movimento (PITM), realizou conferência apresentando os “Indicadores Socioambientais dos Municípios de Juruti (Oeste do Pará) e Curralinho (Ilha do Marajó) ”, no Estado do Pará.

Na conferência foram apresentados os indicadores econômicos, sociais e ambientais compilados do Diagnóstico Socioeconômico e Ambiental da Região de Integração do Marajó e Diagnóstico Socioeconômico e Ambiental da Região de Integração do Baixo Amazonas, ambos realizados pela Fundação Amazônia de Amparo de Estudos e Pesquisas (FAPESPA) nos munícipios do Estado do Pará em 2015. O conferencista apresentou os respectivos indicadores dos municípios de Juruti, localizado geograficamente na Mesorregião Baixo Amazonas e Curralinho, que se encontra na Mesorregião do Marajó.


O objetivo central foi que demonstrar duas realidades distintas, isto é, de um lado Juruti um município inserido no contexto da exploração mineral, ranqueado no Pará com o 25º (PIB), recebendo repasses consideráveis de recursos financeiros provenientes da arrecadação de impostos, royalties e outros investimentos sociais como compensação socioambiental, em consequência da exploração mineral (bauxita) por uma mineradora americana (ALCOA) instalada em sua região. Do outro lado o município de Curralinho com um ranqueamento 48º (PIB), localizado na Mesorregião do Marajó, a qual conta com o maior índice de pobreza do Estado do Pará. Curralinho tem o seu PIB quase que exclusivamente da produção agropecuária (extrativismo do açaí e pesca) e da prestação dos serviços públicos.


Chamou a atenção dos participantes a discrepância do PIB e aproximação dos simétrica de alguns indicadores. Apesar de contar com um PIB inferior ao de Juruti, Curralinho chegou a apresentar alguns indicadores em melhor qualidade aos de Juruti. Nas discussões realizadas chegou-se à conclusão que as duas realidades de gestão municipais (Juruti e Curralinho) transmitem a inexistência de um projeto consistente de desenvolvimento local sustentável, indicando a ausência de planejamento eficaz e uma gestão qualitativa da aplicação dos recursos financeiros. No caso de Juruti a situação é mais grave, pois o município conta com considerável repasses de recursos financeiros gerados pela exploração mineral, que demonstram pouca efetividade na redução das desigualdades socioambientais.


Segundo o coordenador do curso, Prof. Dr. Thomas Mitschein, a conferência foi muito importante para a compreensão da realidade socioeconômica paraense. Lembrou que o conceito desenvolvimentista aplicado na região amazônica, em nada reflete na qualidade de vida e desenvolvimento sustentável à região.


Texto por: Claudionor Dias e

Juliano Salgado

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