Empresas estabeleceram controle orwelliano sobre necessidades e desejos das populações. Em resposta, busca-se agora a experiência social compartilhada
OUTRASPALAVRAS
Por William Mebane, em Other News | Tradução: Marianna Braghini|Imagem: Banksy, Caçadores de Carrinhos (2004)
Os primeiros bens genéricos foram aqueles baseados em um único modelo universal. O modelo preto T, da Ford, é o exemplo clássico. A produção em massa permitiu uma enorme economia de escala e com redução de custos nunca antes realizada. A função básica do transporte rodoviário de pessoas foi satisfeita.Mas empresas temiam que, com produtos genéricos, todas as necessidades seriam logo satisfeitas e pouco restaria para produzir. Um primeiro passo para superar isso foi a introdução de mais escolhas, de acordo com a capacidade de compra. Uma grande diferenciação de produtos foi introduzida por meio das diferenças de preço e qualidade.
Os bens serviam a uma mesma função básica, mas uma média muito superior de preços foi possível pela introdução de bens de luxo (de classe alta). Os psicólogos ensinaram a empresários e marqueteiros como condicionar e manipular as emoções e necessidades de consumidores, conseguindo que eles comprassem coisas de que não precisavam. Os produtos poderiam ser propagandeados como se prometessem maior status social, ou sugestionassem uma ansiedade na mente do consumidor e apresentassem um produto que a aliviassem.
https://outraspalavras.net/crisecivilizatoria/breve-historia-do-consumismo-com-final-em-aberto/
留言