A professora Dra. Risete Braga, da Universidade Federal do Pará foi quem ministrou a aula, com temáticas voltadas à Política Nacional de Resíduos Sólidos e para a inclusão dos Catadores no processo de reciclagem dos municípios da Região Metropolitana de Belém.
A importância da reciclagem por meio da coleta seletiva desempenhadas pelos catadores e catadoras de materiais recicláveis foi o assunto principal das aulas sobre Coleta Seletiva na Região Metropolitana de Belém, ministradas nos dias 4 e 5 de abril de 2019, pela professora Dra. Risete Braga, durante o Curso de Meio Ambiente e Resíduos Sólidos, realizado no auditório do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Pará, em Belém.
Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer na prática, como se desenvolve o processo de compostagem, produzido pelas alunas da professora Risete Braga, do projeto Coleta Seletiva. Além disso, foram levantadas questões sobre a importância dos coletores destinados para materiais recicláveis e para matérias orgânicas (resíduos úmidos), pois de acordo com a professora, a utilização dos coletores coloridos, subdivido para cada tipo de material, não só gera mais custos, como também não reduz o volume de recipientes e consequentemente, de resíduos.
“Essa é a visão da questão da separação correta em termos de coleta seletiva. O ideal é que você reduza essa relação de volumes de recipientes, para que esses resíduos sejam destinados à uma central de triagem, contribuindo nesse sentido, com as associações de catadores e cooperativas de catadores”, destaca Risete Braga.
Também foram destacadas durante as aulas, a classificação dos resíduos sólidos de acordo com a sua origem, sejam eles urbanos, que compreendem os domésticos, ou os especiais, como os hospitalares e os da construção civil, colocando sempre em pauta, a forma adequada de coleta e armazenamento desses resíduos, de acordo com a legislação vigente na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Para a professora Risete Braga, o desafio da coleta seletiva no nosso município de Belém e região metropolitana, está na gestão e manutenção das ações educativas voltadas para a coleta seletiva, pois ao mesmo tempo em que se desenvolve essas ações modelos, ela deve buscar a conscientização ambiental por meio da coleta seletiva adequada na prática. E isso deve ser trabalhado em todo o seu processo de implantação.
“A conscientização ambiental deve ser trabalhada em toda a sua aplicação. Eu acho que um único programa não é suficiente para que a população tenha a consciência ambiental de que os resíduos devem ser destinados de forma ambientalmente adequada, ou seja, eles devem ser reutilizados ou reciclados. Então, sem essa conscientização ambiental, fica muito difícil para os gestores o êxito no andamento da coleta seletiva”, ressalta a professora.
Sobre o curso de Meio Ambiente e Resíduos Sólidos, Risete Braga enfatiza ser de grande importância tanto para a comunidade acadêmica como também para a sociedade em geral, os quais participaram ativamente das aulas. A participação deles, potencializa e os transforma em agentes multiplicadores, em prol da educação ambiental, visando à conscientização para que haja uma gestão compartilhada desses resíduos sólidos, colocando em prática a Lei 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos do Ministério do Meio Ambiente.
“Acredito que a participação dos estudantes e dos profissionais em geral, após o curso, passem a ser agentes multiplicadores, uma vez que é de suma importância o desenvolvimento desse curso em relação ao meio ambiente e a questão dos resíduos sólidos. Ele permeou desde o que vem a ser resíduos, até a forma correta do gerenciamento, além da visão que teve com relação as minhas aulas, acerca da importância da coleta seletiva e as formas de tratamento que, muitas vezes, me parece que esse olhar está mais para a questão de resíduos recicláveis no que diz respeito aos plásticos, vidros, etc. Enquanto que, a matéria orgânica as vezes é desprezada, contudo, a lei ressalta bem essa questão, sobre a importância de reciclar esse resíduo orgânico que no caso pode ser empregado na compostagem. E isso o curso nos deu essa oportunidade de demonstrar”, concluiu.
Por Karina Samille Costa
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