Entrevista com o Professor Dr. Antônio Sérgio da Costa Nunes, coordenador do curso de Filosofia da Universidade Federal do Pará e organizador do evento, a respeito da IV Jornada Benedito Nunes, que está sendo realizada nos dias 05 e 06 de julho.
Trópico: Professor, quais foram as suas expectativas para a IV Jornada Benedito Nunes?
Sérgio Nunes: As minhas expectativas fugiram da ordem e do parâmetro que eu estabeleci, eu esperava 40 comunicações e recebemos cerca de 70 submissões. Isso demonstra, certamente, o êxito da divulgação e do trabalho empreendido por toda a equipe da Jornada Benedito Nunes, em particular, o Grupo de Filosofia Temática. Isso vem somar mais méritos para esse grupo de pesquisa que completa 4 anos de atividade.
Trópico: Por que a escolha do tema: “O Conhecimento e a práxis em conexão interdisciplinar”?
Sérgio Nunes: A interdisciplinaridade hoje é um paradigma novo de modelo do conhecimento nas universidades e na ciência, demonstra que não podemos mais nos deter naquele conhecimento cartesiano isolado e estancado como sempre esteve nas universidades brasileiras. Estamos inovando e renovando o saber acadêmico com a interdisciplinaridade, por quê? Pois ela permite o diálogo entre as áreas do conhecimento e se faz necessário para que tenhamos visões diferenciadas que se agreguem para formar novo conhecimento, que é o conhecimento transdisciplinar. Nesse sentido, esse conhecimento transdisciplinar é importante dentro das universidades, em particular a UFPA, e a faculdade de Filosofia, por meio do GFT, está buscando essa agregação de saberes, de várias áreas de conhecimento. O que nos levou a pensar na interdisciplinaridade foi a Teoria dos Sistemas Complexos, porque a teoria sistêmica é interdisciplinar, uma conjunção de múltiplos e diversos saberes, sem isso nós não temos condições de aprender a realidade na semiose e nos aproximar dos fenômenos que ocorrem no mundo.
Trópico: Qual a grande importância de realizar a IV Jornada Benedito Nunes?
Sérgio Nunes: Há um objetivo muito maior do que a programação da Jornada, que é abrir espaço e oportunidades para que alunos de graduação e de pós-graduação possam apresentar seus trabalhos de cunho autoral, daquilo que eles pensam sobre determinados fenômenos que ocorrem atualmente, seja na sociedade, na politica, na ciência, na educação, no meio ambiente, entre outros. Isso estimula, fortalece e valoriza o estudante a pesquisar e a mostrar aquilo que ele está refletindo sobre essas situações. Esse é o grande mérito, dar oportunidades para eles exporem o que estão refletindo.
Por: Beatriz Ferreira
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