Maior parte do dinheiro estrangeiro injetado em grandes empresas de soja e carne brasileiras, setores ligados ao desmatamento, vem de paraísos fiscais, como Bahamas e Ilhas Cayman, apontam pesquisadores.
Após estarem no centro de diversos escândalos políticos e econômicos pelo mundo, os chamados paraísos fiscais podem ter um novo elo destruidor, ligado à degradação da Floresta Amazônica no Brasil.
Um estudo publicado nesta segunda-feira (13/08) na revista Nature Ecology and Evolution aponta que, entre 2000 e 2011, 68% do dinheiro estrangeiro que abasteceu as indústrias da soja e da carne, que operam na Amazônia, chegaram ao país via paraísos fiscais. Ilhas Cayman, Bahamas e Antilhas foram os mais acionados.
"Os setores de soja e carne bovina estão associados ao desmatamento na Amazônia, como estudos já mostraram. E um acesso maior ao capital permite o aumento do desmatamento", disse à DW Brasil Victor Galaz, pesquisador do Stockholm Resilience Centre, que liderou o estudo. "No entanto, com os dados disponíveis atualmente, ainda não é possível fazer uma conexão direta entre aumento do desmatamento e os paraísos fiscais."
Veja completo em https://www.dw.com/pt-br/estudo-liga-para%C3%ADsos-fiscais-a-desmatamento-na-amaz%C3%B4nia/a-45061671
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