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Fogo na Amazônia foi ateado por interesses que destroem, diz Papa

Líder da igreja católica atribuiu a destruição aos "novos colonialismos que querem avançar apenas suas próprias ideias e queimar o diferente para padronizar tudo e todos".



O Papa Francisco celebrou na manhã de ontem, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, a missa de abertura do Sínodo da Amazônia, que reúne bispos e outros convidados de nove países do bioma para debater temas da Igreja Católica na região e a situação do meio ambiente e dos moradores locais, incluindo os povos indígenas.


Em sua homilia, que durou cerca de dez minutos, o Papa criticou o fogo que "devastou recentemente a Amazônia", pediu que a igreja não se limite a uma "pastoral de manutenção" e que o sínodo tenha inspiração para "renovar os caminhos para a igreja" na região.


Junto a representantes das comunidades indígenas, o papa disse que "o fogo ateado por interesses que destroem, como o que devastou recentemente a Amazônia, não é o do Evangelho. O fogo de Deus é calor que atrai e congrega em unidade. Alimenta-se com a partilha, não com os lucros. Pelo contrário, o fogo devorador alastra quando se quer fazer triunfar apenas as próprias ideias, formar o próprio grupo, queimar as diferenças para homogeneizar tudo e todos", afirmou o papa, no trecho mais explícito sobre as queimadas nas últimas semanas na região.


A assembleia que começa hoje no Vaticano vai debater a possibilidade de ordenar homens casados como sacerdotes, a criação de ministérios oficiais para as mulheres e a incorporação de costumes dos povos indígenas em rituais católicos.


Tudo isso tem atraído críticas da ala conservadora da igreja, que faz coro com os que veem com desconfiança o viés ambientalista deste sínodo, incluindo o governo Jair Bolsonaro (PSL), aumentando a expectativa pelo sínodo e seus resultados.


Fonte: DW Notícias

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