A eleição presidencial e a provável vitória de Jair Bolsonaro foram o principal tema brasileiro nos jornais da Alemanha na semana que passou.
Até pouco tempo atrás, quase ninguém conhecia Jair Bolsonaro. O capitão da reserva sentou quase 30 anos na Câmara dos Deputados, em Brasília, sem fazer algo digno de nota. E quando chamava a atenção era com declarações tão extremas que ninguém o levava a sério. Em 1999, por exemplo, ele sugeriu, numa entrevista de televisão, matar o presidente. Na época, Bolsonaro trombeteou: "Através do voto você não vai mudar nada neste país" e descreveu a ditadura militar como uma época gloriosa "de 20 anos de ordem e progresso". Se ele fosse presidente, disse, fecharia o Congresso no primeiro dia. "Só vai mudar no dia em que partir para uma guerra civil e fazendo o trabalho que o regime militar não fez: matando uns 30 mil, começando pelo FHC". Esse era o presidente, na época. E não serve de consolo que isso tenha sido dito há 30 anos. Pois o Bolsonaro de hoje, aos 63 anos, ainda é o mesmo: quatro anos atrás, ele disse para uma deputada que ela não merecia ser estuprada. E esse é o homem que recebeu o voto de 46% dos eleitores brasileiros.
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