Pajés yanomami realizam um ritual simbólico no centro da maior metrópole do país
"Yaaaaaah", brada Pedrinho Yanomami, agachado em uma sala no oitavo andar do Instituto Moreira Salles, em São Paulo, segundos depois de o pajé Levi Yanomami lhe soprar nas narinas um pó alucinógeno através de uma espécie de bastão de madeira. É o início —e também uma versão reduzida— de um ritual que os isolados índios yanomamirepetem há séculos no meio da Amazônia. Lá na floresta, eles passam dias inalando a yãkoana para conhecer os espíritos xapiris e aprender a responder seus cânticos. É o ritual de iniciação para ser pajé. No centro cultural localizado em plena avenida Paulista, eles fazem algo muito parecido, mas que só vai durar duas horas. "Vamos abrir caminho para a casa do saber e do conhecimento, é uma casa grande e alta", adianta o xamã Davi Kopenawa, que conduz a cerimônia, uma atividade da exposição fotográfica Cláudia Andujar, a luta Yanomami, em cartaz até o dia 7 de abril.
Leia mais em https://brasil.elpais.com/brasil/2018/12/23/cultura/1545582257_502122.html
Comments