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Portugal inaugura memorial em homenagem a presos da ditadura

Mural terá os nomes de 2.500 perseguidos políticos que ficaram detidos na Fortaleza de Peniche, que hoje abriga o Museu Nacional da Resistência e Liberdade.

Imagem de 2014 mostra mulher ao lado de painel com fotos da Revolução dos Cravos — Foto: Francisco Seco/AP

Portugal celebra nesta quinta-feira (25) o 45.º aniversário da Revolução dos Cravos, que em 1974 pôs fim a quatro décadas da ditadura salazarista do Estado Novo.

Além das inúmeras atividades culturais, um dos destaques é a inauguração de um memorial em homenagem aos presos políticos da ditadura, na Fortaleza de Peniche, que fica na península de mesmo nome, a cerca de 100 quilômetros de Lisboa.


Edifício do século XVI

A Fortaleza de Peniche foi uma prisão emblemática do regime ditatorial e abriga desde 2017 o Museu Nacional da Resistência e Liberdade, cuja inauguração oficial ocorrerá neste sábado, dia da libertação dos presos, em 1974. No local ficará também o memorial com os nomes de 2.500 presos políticos que lá estiveram encarcerados entre 1934 e 1974.


Construída no século XVI e usada como prisão pela ditadura, a Fortaleza de Peniche é hoje um testemunho do que foi a repressão nas prisões do regime fascista e também da luta pela liberdade e pela democracia em Portugal, afirma o governo socialista.

Por muito pouco ela não virou um complexo turístico, com hotel e restaurantes, mas a oposição de grupos de perseguidos pela ditadura mudou o destino do local. A pressão fez o governo ceder e decidir investir 3,5 milhões de euros para transformar o forte num museu da resistência à ditadura.


Além do memorial, será inaugurada nesta quinta-feira uma exposição, chamada Por teu livre pensamento e que revisita acontecimentos da ditadura a partir das memórias de quem esteve preso em Peniche e agora é homenageado no local.

Vários antigos presos participarão da inauguração, e um grupo de sobreviventes colaborou para a elaboração da mostra, que inclui objetos pessoais dos detentos, fotos, recortes de jornal e documentos.


Fonte: DW Notícias

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