Estudo feito pelo Conselho Indigenista Missionário investiga origem de dinheiro doado para autores de leis que fragilizam direitos indígenas. Lista inclui duas candidatas a vice-presidente, Kátia Abreu e Ana Amélia.
Um levantamento inédito do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ligado à Igreja Católica, identificou os parlamentares que mais atuaram no Congresso contra os direitos indígenas nos últimos anos. Dos 513 deputados e 81 senadores, 50 são listados como os mais "anti-indígenas".
"Nós queremos demonstrar que a ação parlamentar, institucional, repercute no aumento na violência contra os povos indígenas no campo", disse à DW Brasil Cleber César Buzatto, secretário executivo do Cimi.
Em 2017, foram registrados 110 assassinatos de indígenas. Os estados com maior número de casos foram Roraima (33), Amazonas (28) e Mato Grosso do Sul (17).
Segundo o documento divulgado nesta quinta-feira (27/09), os 50 políticos considerados anti-indígenas citados – 40 deputados e 10 senadores – estão ligados a projetos de lei que fragilizam os direitos dessas populações.
O levamento mapeou pelo menos 33 propostas no Congresso: a maior parte busca alterar o processo de demarcação, explorar recursos naturais em terras indígenas e permitir que esses territórios sejam arrendados para produção agropecuária.
"São parlamentares ruralistas que trabalham incansavelmente para fazer com que as propostas contra os indígenas avancem", diz o relatório.
A maior parte dos políticos citados no relatório é investigada por corrupção.
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